Perdi o caminho, fiquei agoniado porque já não sabia mais que horas eram. Tive vontade de gritar, mas faltou coragem, queria tanto que me ouvissem que senti medo. Me senti impotente. Tentei, em vão, procurar se havia alguém na mesma situação que a minha, olhei ao redor e nada. Na verdade tinham o mesmo que eu, se escondiam.
Nesse momento, sentei no chão, fiquei esperando todo aquele desespero passar e ir bem longe de mim, tive vontade de me sentir mais uma vez útil, de ser a pessoa certa no lugar certo e na hora certa, quis também estar de volta ao lar, quando apenas as brincadeiras eram as coisas certas e erradas ao mesmo tempo. Desejei rever todo o meu passado, estar lá vivenciando tudo novamente, mas principalmente, estar no colo, com todo carinho que me foi dado, queria ser uma criança novamente, queria brincar com meus amiguinhos, queria voltar no tempo e me esconder na barriga da minha mãe. Impossível, berrou minha consciência, querendo me tirar dali. Fuja. Não tive forças, precisei de dois ou três dias, não lembro ao certo. Queria ser mais rápido.
As vezes esqueço que tenho 28.
L. Will
quinta-feira, 9 de outubro de 2008
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2 comentários:
queria poder te carinhar.
E novamente a (in)constância se fazendo presente na vida da gente..
Que houve (há) será?!
Nau à deriva, erguer velas!
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